Dietary reference intakes (DRIs)
para crianças de 1 a 3 anos de idade: intervalos de distribuição aceitável dos
macronutrientes
Macronutrientes
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1 – 3 anos
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Gorduras totais
(ômega 6) ácido linoleico (ômega 3) ácido linolênico |
30 – 40%
5 – 10% 0,6 – 1,2% |
Carboidratos
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45 – 65%
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Proteínas
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5 – 20%
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Para compor o
cardápio pode-se utilizar a pirâmide alimentar infantil, que foi dividida em
quatro níveis (fig. 1), com a presença de oito grupos alimentares:
Figura 1. Pirâmide Alimentar Infantil 2 a 3 anos de idade, dieta de 1.300 kcal
Figura 1. Pirâmide Alimentar Infantil 2 a 3 anos de idade, dieta de 1.300 kcal
Philippi ST. Alimentação saudável e a pirâmide dos alimentos. In: Philippi ST.
Pirâmide dos alimentos: Fundamentos básicos da nutrição. Barueri: Manole2008; Nutrição & Pediatria, Danone Baby Nutrition, ano 1, nº 1/2009.
Primeiro nível:
Grupo do arroz, pão, massa, batata, mandioca: 5 porções. Alimentos-fonte de
carboidratos, contribuindo com a maior parte das calorias da dieta. Utilizar
grãos integrais. Cada porção 75 kcal.
Segundo nível:
Grupo das verduras e legumes: (3 porções), sendo 1 porção 8 kcal
e Grupo das frutas (3 porções), sendo 1 porção 35 kcal. Alimentos-fonte
de vitaminas, minerais e fibras. Utilizar alimentos regionais e frutas da
época.
Terceiro nível:
Grupo do leite, queijo e iogurte (3 porções). Alimentos-fonte de
proteínas, cálcio e vitaminas, sendo 1 porção equivalente a 120 kcal. Os
alimentos deste grupo podem ser utilizados individualmente ou como ingredientes
de preparo (vitaminas, sopas, purês). O Grupo das carnes e ovos (2
porções) com alimentos-fonte de proteínas, ferro e vitaminas, incluindo carne
bovina e suína, ovos, peixes e frutos do mar, sendo 1 porção 65 kcal. O Grupo
dos feijões (1 porção), incluindo feijão, soja, ervilha, grão-de-bico e as
oleaginosas, como nozes, castanhas, amêndoas. Alimentos-fonte de proteínas,
sendo 1 porção equivalente a 20 kcal.
Quarto nível: Grupo
dos óleos e gorduras (1 porção = 37 kcal) e Grupo dos açúcares e doces (1 porção = 55
kcal). Alimentos-fonte de gorduras e carboidratos, respectivamente.
Com relação à
distribuição das refeições na dieta, 19% do valor calórico total (VCT) diário
estão no café da manhã, 23% no almoço e 24% no jantar. O restante deve ser
distribuído em lanches intermediários, sendo cerca de 10% em cada um. A
alimentação da criança deve ter todos os grupos alimentares da pirâmide
alimentar, possibilitando contato com alimentos variados, coloridos e de bom
valor nutritivo.
A presença da
mistura do arroz com feijão deve ser estimulada, considerando o excelente
aporte de nutrientes e o hábito alimentar da família.
Recomenda-se
observar o tamanho das porções para não extrapolar a oferta de alimentos,
principalmente com relação aos grupos dos óleos e açúcares.
A criança na faixa
de 2 e 3 anos de idade apresenta-se como janela de oportunidades para a
formação de bons hábitos alimentares, promoção de uma alimentação saudável e
prevenção de doenças .O impacto da Nutrição da criança na vida futura é
inquestionável e depende de um esforço conjunto, com a garantia de uma
qualidade de vida melhor para as crianças de agora.
1. IOM Institute of Medicine. Dietary reference Intakes for calcium,
phosphorus, magnesium, vitamin D and fluoride. Washington, National Academy Press,
1998.
2. Philippi ST.
Alimentação saudável e a pirâmide dos alimentos. In: Philippi ST. Pirâmide dos
alimentos: Fundamentos básicos da nutrição. Barueri: Manole 2008.
3. Philippi ST. A
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Danone Baby Nutrition 2009;(1):10-13.
4. Sociedade
Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia. Manual de orientação:
alimentação do lactente, pré-escolar, escolar e adolescente na escola, 2006.
5. Philippi ST, Cruz ATR, Colucci ACA. Pirâmide Alimentar para crianças de 2
a 3 anos de idade. Rev Nutr Campinas 2003;16(1);5-19 jan/mar.
6.
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the American Dietetic Association: Nutrition Guidance for healthy children ages
2 to 11 years, JADA, 2008.
7. BRASIL. Ministério
da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação-Geral da Política de
Alimentação e Nutrição. Guia alimentar para a população brasileira: Promovendo
a alimentação saudável. Brasília, DF; 2005.
8. BRASIL. Ministério
da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação-Geral da Política de Alimentação
e Nutrição. Guia alimentar para crianças menores de 2 anos. Brasília, DF; 2002.
9. Scagliusi,
Alvarenga e Philippi. Conceituação de alimentação saudável sob a perspectiva
biopsicossocial. In: Alvarenga MS & Philippi ST. Nutrição e Transtornos
alimentares – avaliação e tratamento. São Paulo: Manole; 2010.
10. Birch LL. Conducta
alimentar en los niños: perspectiva de su desarrollo. In: OPS. Nutrición y
alimentación del nino em los primeros años de vida. Washington, D. C., 1997. p.
34-48.
11. BRASIL. Ministério
da Saúde. Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para
crianças menores de dois anos. Brasília: Ministério da Saúde; Organização
Pan-Americana de Saúde, 2002.
12. Philippi ST. Virtual NutriPlus (Software) cessão 1.0 for windows. São Paulo: 2006.
13. Rozin P. The use of characteristic flavorings in human culinary
practice. In: APT, CM (ed.). Flavor its chemical, behavioral, and commercial
aspects. Boulder, CO: Westview,1977. p. 97-110.
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